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Você provavelmente conhece alguém que já caiu (ou quase caiu) num golpe do Pix. Embora esse meio de pagamento instantâneo tenha tornado nossa vida mais prática, também facilitou a ação de bandidos interessados em roubar nosso dinheiro.
Por isso, é importante se proteger. A seguir, aprenda a identificar atividades suspeitas e veja dicas para não cair em ciladas que envolvam transações financeiras.
Principais tipos de golpe do Pix
Os golpistas sempre arranjam um novo jeito de enganar suas vítimas. A lista abaixo contempla os esquemas mais comuns. Confira:
Falso atendimento bancário
Aqui o bandido se passa por um funcionário de banco. Ele telefona ao correntista que ainda não tem Pix e induz essa pessoa a criar uma chave.
Então, para finalizar o cadastro, o usuário deve transferir um valor a uma conta indicada pelo golpista. A desculpa usada é de “testar se o serviço funciona”, pois haverá estorno depois.
Pura lorota. A conta não é do banco e, claro, não haverá reembolso.
Fique alerta: a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lembra que essa prática de testar a chave Pix não existe. Os funcionários tampouco entram em contato por telefone para efetuar cadastros.
QR Code falso
Esse esquema é parecido com o golpe do falso boleto: os criminosos emitem uma cobrança em nome de uma loja ou instituição que existe, mas inserem dados de outra conta para receber a grana.
Também há uma variação em vídeo. Sabe aquelas lives que artistas ou entidades beneficentes organizam para arrecadar doações? Pois bem: os golpistas baixam esses vídeos e fazem uma nova transmissão, substituindo o QR Code da tela por um falso, que remete à conta de um laranja.
Nesses casos, a dica é sempre observar os dados do destinatário. Se o nome não bate com o da empresa, cancele a operação.
Falso comprovante
Esse golpe do Pix é muito comum em vendas on-line. O comprador envia um comprovante falsificado para fingir que pagou pelo produto. Assim, recebe o pedido de graça em casa, dando calote na loja.
Você pretende vender pela internet? Então lembre-se deste detalhe: as transações por Pix são instantâneas.
Portanto, se você recebeu um comprovante de pagamento, mas a quantia não apareceu na conta, desconfie. É um sinal evidente de fraude.
Bug do Pix
A falcatrua começa com uma notícia falsa divulgada pelas redes sociais. Essa mensagem diz que há uma falha no sistema do Pix.
O suposto erro permitiria receber dinheiro na própria conta. Para tanto, bastaria enviar uma quantia a uma chave Pix específica.
Balela! Não existe “chave premiada”. Ao transferir dinheiro para outro usuário, você não tem garantia nenhuma de que receberá algo de volta.
Aliás, fica a lição: nunca acredite em promessas de dinheiro fácil. Construir patrimônio financeiro demanda disciplina e paciência.
WhatsApp clonado
Por fim, um dos golpes de Pix mais batidos dos últimos tempos.
Funciona assim: o bandido usa a foto de alguém que você conhece para avisar que “trocou de número de celular”. Em seguida, fingindo ser esse seu amigo ou parente, inventa qualquer história para pedir dinheiro emprestado com urgência.
Felizmente, é fácil evitar a armadilha. Você só precisa entrar em contato com a pessoa por ligação telefônica ou chamada de vídeo. Se ela não atender para explicar a situação, nem se preocupe: era cilada.
Leia mais: Aprenda a se livrar dos golpes financeiros mais comuns
Como se proteger de um golpe do Pix?
Agora que apresentamos os golpes do Pix mais frequentes, vale a pena reiterar algumas dicas de segurança. Veja o que fazer para se proteger desses e de outros esquemas fajutos:
– Desconfie de mensagens enviadas por números desconhecidos, até porque instituições financeiras não entram em contato dessa forma;
– Antes de transferir um valor, verifique atentamente os dados do destinatário;
– Nunca clique em links que direcionam a cadastro de chave Pix;
– Para operações de cadastro e pagamento com Pix, use apenas o aplicativo oficial de seu banco ou cooperativa de crédito;
– Não empreste dinheiro a uma pessoa sem antes conversar com ela pessoalmente. Afinal, o WhatsApp pode estar clonado.
O que fazer após cair num golpe do Pix?
Se essas dicas não forem suficientes para você se proteger, o primeiro passo é registrar um boletim de ocorrência na polícia.
Existem algumas ferramentas de segurança, como o Mecanismo Especial de Devolução (MED), que podem ajudar vítimas de golpes a reaverem a quantia perdida. Porém, esse é um processo um tanto burocrático, que pode demorar vários dias.
O Banco Central também estuda a possibilidade de responsabilizar os bancos que tenham contas laranja. Essas são contas abertas por criminosos, geralmente em nome de outros cidadãos, para receber Pix de maneira fraudulenta.
De qualquer modo, boa parte dos esquemas acontece por desatenção da vítima. Sendo assim, o melhor que você tem a fazer é tomar cuidado para não repetir o erro.
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