Dólar abre em leve queda na véspera da primeira ‘Super Quarta’ do ano

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O dólar abriu com uma leve queda na manhã desta terça-feira (30), com os investidores aguardando as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.

Nesta terça-feira (30), os bancos centrais dos dois países iniciam a primeira reunião do ano para definir a taxa de juros. A expectativa do mercado é que o Brasil reduza o índice em 0,5 ponto percentual, indo a 11,25%, enquanto os norte-americanos mantenham entre 5,25% e 5,5%.

Enquanto o mercado espera, o dólar recuava 0,14%, cotado a R$ 4,9446 para venda às 9h04.

Na segunda-feira (29), o dólar fechou em alta de 0,79%, aos R$ 4,949. Já a Bolsa registrou queda de 0,36%, aos 128.502,69 pontos.

O pregão ainda foi marcado por um tombo de 33,61% das ações da Gol, em resposta aos desdobramentos do pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos.

O mercado está atento a possíveis sinalizações do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) sobre quando o ciclo de cortes de juros irá começar, previsto, pela maioria dos operadores, entre março e maio.


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Os últimos dados macroeconômicos dos EUA têm pintado um quadro de controle da inflação, com o índice de preços PCE vindo em linha com as expectativas na última sexta-feira. O indicador subiu 0,2% no mês passado e avançou 2,6% nos 12 meses até dezembro.

O chamado núcleo do PCE, que exclui componentes mais voláteis da base de cálculo, desacelerou a alta para 2,9% na base anual, o menor ganho desde março de 2021, após avanço de 3,2% em novembro.

“Inflação americana [está] dando bons sinais, mostrando que há convergência, praticamente voltando para aquele nível pré-pandemia, mais próximo da meta de 2%. Portanto, uma excelente notícia para a política monetária americana”, disse Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, em comentário enviado a clientes.

Já no Brasil, a expectativa em torno da Selic é de que o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) volte a cortar a taxa em 0,5 ponto percentual, a 11,25%.


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“O BC deve abordar os recentes dados de inflação e fornecer sinais sobre os próximos passos. A trajetória de cortes parece manter-se até metade do ano, sem indícios de aceleração, dada a expectativa de inflação ainda acima da meta”, afirmou Gala.

A semana também será marcada por outros dados econômicos do Brasil e dos Estados Unidos. Por aqui, destaque para Pnad e Caged, apresentando números sobre desemprego e criação de vagas formais, além da produção industrial do país em dezembro.

Já nos EUA, atenções se voltam para a divulgação do pay-roll na sexta-feira, que irá apresentar uma nova fotografia sobre o mercado de trabalho da maior economia do mundo.

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