BTG Pactual (BPAC11): Potencial aquisição nos EUA pode fortalecer oferta de produtos do banco, vê Goldman
A possível aquisição de um banco de gestão de fortunas em Nova York pelo BTG Pactual (BPAC11) pode reforçar a oferta diversificada de produtos do banco para clientes com alto patrimônio líquido, de acordo com os analistas do Goldman Sachs.
A notícia de que o BTG negocia a compra de uma instituição com foco no negócio de fortunas nos Estados Unidos foi divulgada pela Bloomberg.
Não houve confirmação do valor do negócio, mas a expectativa é que, após a compra, o banco injete de US$ 300 milhões a US$ 350 milhões em capital na outra empresa, de acordo com a agência.
Para os analistas do Goldman, o eventual negócio vai na linha de outros movimentos recentes do BTG.
Tito Labarta e equipe, que assinam o relatório, destacam que, no início deste mês, o BTG adquiriu uma participação de 10% na gestora norte-americana Pershing Square junto com outros investidores estratégicos por US$ 1,05 bilhão, após vários investimentos em gestoras de ativos independentes em Brasil. Além disso, o banco concluiu a aquisição do FIS Private Bank em setembro de 2023 por € 21 milhões.
A gestão de patrimônio continua ganhando escala no mix de receitas do banco, avalia o Goldman, acrescentando que as recentes aquisições devem continuar a fortalecer o negócio de gestão de patrimônio do BTG.
A área deve atingir 16% das receitas do banco de investimentos em 2024, acima dos 9% em 2020, de acordo com os analistas.
“Acreditamos que a mudança no mix de receitas para fluxos de receitas recorrentes, como gestão de patrimônio, tem sido (e deve continuar a ser) um impulsionador positivo para as ações”.
Os analistas observam ainda que o BTG encarou o cenário de elevadas taxas de juros com resultados resilientes e ganhos de lucratividade. Neste cenário, o Goldman Sachs mantém recomendação de compra para as ações BPAC11, com preço-alvo em R$ 42.