
Sindicato critica declarações de Campos Neto
A entidade diz que os servidores ainda não deliberaram se concordam ou não com a PEC, reclama da falta de diálogo e acusa que a proposta foi elaborada na “surdina”
O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) distribuiu comunicado à imprensa nesta terça-feira, 5, em que diz repudiar “declarações levianas” do presidente do órgão, Roberto Campos Neto, sobre os servidores da Casa estarem “comprados para o processo de autonomia” do Banco Central, prevista em Proposta de Emenda à Constituição (PEC) em tramitação no Congresso Nacional.
A entidade diz que os servidores ainda não deliberaram se concordam ou não com a PEC 65/2023, reclama da falta de diálogo com a cúpula da autarquia sobre o tema e acusa que a proposta foi elaborada na “surdina”. “O Sinal esclarece que são inverídicas as recentes declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, amplamente divulgadas pela mídia, as quais sugerem que os servidores da autarquia estariam ‘comprados para o processo de autonomia’.”
Ressalta ainda que as palavras de Campos Neto, além de infelizes, ofendem o corpo funcional em relação à PEC. “Contrariamente ao que foi afirmado, os servidores do Banco Central do Brasil ainda não deliberaram se concordam ou não com a PEC 65. Os servidores mantêm uma postura de análise cautelosa sobre a PEC, contando com o parecer de especialistas nas áreas jurídica e política para uma avaliação aprofundada e técnica. A decisão da categoria sobre o assunto deve sair ainda em março de 2024”, acrescenta.
O sindicato diz ainda que os servidores não participaram até o momento da elaboração da PEC 65/2023, “fato que contribuiu para um sentimento de insatisfação interna”. “Roberto Campos Neto disse, no início de 2023, que proporcionaria dialogo total com a categoria. Contudo, a PEC 65 foi elaborada na surdina, sem debates com os servidores do BC.”