O que é real digital? Conheça nova moeda virtual brasileira

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O mercado financeiro está sempre se modernizando para proporcionar mais praticidade e segurança às pessoas. Foi assim com o Pix, Open finance, carteiras digitais e outras inovações lançadas nos últimos anos.

E uma novidade que deve mudar ainda mais a nossa relação com o dinheiro é o real digital. A nova moeda será emitida e regulada pelo Banco Central e promete facilitar e agilizar as transações financeiras realizadas no ambiente virtual.

Quer saber mais sobre o assunto? Então confira o artigo que preparamos com os detalhes dessa inovação.

O que é real digital?

Como o próprio nome nos dá a entender, o real digital é a moeda virtual brasileira e será lançado para digitalizar, ainda mais, as transações financeiras no dia a dia. O nome técnico da nova moeda vem do inglês: Central Bank Digital Currency (CBDC) ou Moeda Digital Emitida por Banco Central.

O real digital, que deve começar a ser testado ainda neste ano, vai facilitar ainda mais que transações, pagamentos, compras e investimentos sejam feitos exclusivamente pelo ambiente virtual, sem que nenhum dinheiro físico esteja envolvido nas operações.

Em novembro do ano passado, o Banco Central lançou o LIFT Challenge Real, uma edição especial do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas de Desafio para discutir o Real Digital. A iniciativa reúne um público qualificado de participantes do mercado, que avalia os casos de uso e a viabilidade tecnológica da nova moeda.

De acordo com os resultados do LIFT Challenge Real, a proposta é que uma fase piloto com a participação da população tenha início até o final de 2022 e seja realizada ao longo do próximo ano.

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Como o real digital vai funcionar?

A CBDC brasileira ainda vai levar um tempo para ser implementada. A previsão é que tenha início em 2023.

A CBDC brasileira ainda vai levar um tempo para ser implementada. A previsão é de que a primeira versão pública, ainda para um grupo restrito, seja lançada apenas em 2024.

A primeira coisa que você precisa saber é que a nova moeda deve ser dedicada ao atacado. Ou seja, às transações de valores elevados feitas pelas instituições financeiras envolvendo grandes empresas.

O acesso da população ao real digital será indireto, por meio de stablecoins (moeda virtual que tem valor estável) emitidos pelo banco ou outra instituição de pagamento autorizada pelo Banco Central.

Caso o banco quebre, você fica sujeito às regras de ressarcimento do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Ao mesmo tempo, se ocorrer algum problema de cibersegurança envolvendo a sua conta, a responsabilidade também poderá ser atribuída à financeira, já que é ela a responsável pela identificação dos clientes.

Outro ponto importante é que o real digital vai coexistir com os meios de movimentação de dinheiro que você já conhece, tornando-se mais uma opção para realizar operações financeiras.

Será possível fazer um PIX, transferência ou pagar contas com o real digital?

A ideia do Banco Central é que, além dos novos usos que passarão a existir para o real digital, as formas atuais de utilização do dinheiro também estejam disponíveis.

Dessa forma, você provavelmente poderá pagar sua conta no supermercado com a moeda digital, poderá sacar seus reais em dinheiro físico e também pagar boletos com a moeda virtual.

Quais as vantagens de usar o real digital?

O real digital chega com o objetivo de facilitar a vida dos brasileiros, simplificando o acesso a recursos financeiros por meio do ambiente virtual.

O real digital chega com o objetivo de facilitar a vida dos brasileiros, simplificando o acesso a recursos financeiros por meio do ambiente virtual.

A moeda promete oferecer praticidade e agilidade às transações financeiras. As transferências e pagamentos também devem ficar mais seguros. Isso porque a CBDC brasileira usará tecnologia blockchain, que compartilha dados por meio de blocos criptografados e, assim, reduz o risco de violações e ataques cibernéticos.

Além disso, a proposta é que a moeda esteja integrada à Internet das Coisas (IoT), permitindo pagamentos em serviços relacionados a carros conectados, assistentes pessoais e outros objetos inteligentes.

Outra vantagem é que a criação do real digital ajudará a estimular a inovação e a concorrência no ambiente digital, o que se traduz em novos produtos e serviços, maior eficiência do atendimento e, até mesmo, redução de custos para os clientes.

A lista inclui ainda benefícios para a sociedade como um todo. A transparência das operações com o real digital ajudará a inibir fraudes e outros crimes financeiros. Ainda, os processos virtuais podem gerar economia para os cofres públicos, como no gasto com papel-moeda usado para a impressão das cédulas.

Mas além dessas vantagens, o que o real digital traz de diferente em relação à moeda atual? Confira no próximo tópico.

Qual é a diferença entre o real digital e a moeda atual?

Se vamos conseguir fazer pagamentos, transferências e saques, qual é a diferença entre o real digital e a moeda atual — considerando que aquele dinheiro que está na conta corrente e ainda não é dinheiro físico?

A primeira diferença é que a moeda digital, independentemente de onde esteja depositado, será de responsabilidade do Banco Central — diferentemente do dinheiro de hoje, que é de responsabilidade do banco ou instituição financeira onde você tem conta.

Mas a maior diferença mesmo está no fato de que o objetivo do real digital é estimular novos modelos de negócios em uma economia digital.

Isso significa que, com a incorporação de contratos inteligentes e outras tecnologias fomentadas pela nova moeda (como a IoT, Internet das Coisas), o real digital pode permitir maior flexibilidade do uso do dinheiro, mais adequação dos produtos às necessidades dos consumidores e menores custos para transações financeiras.

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E qual é a diferença entre o real digital e as criptomoedas?

A principal diferença entre o real digital e as criptomoedas está no fato de que a gestão da nova moeda virtual brasileira será feita pelo Banco Central — enquanto as criptomoedas têm, hoje, uma gestão descentralizada.

Isso significa que a nova moeda brasileira será fiscalizada e emitida da mesma forma que o real convencional, diferente das criptomoedas que são emitidas por redes não regulamentadas e compõem movimentações financeiras anônimas, inclusive para a Receita Federal.

Outro ponto importante é a característica das duas moedas: a criptomoeda é um ativo (um investimento), enquanto o real digital será uma moeda nacional.

Essa diferença quer dizer, basicamente, que vamos conseguir realizar qualquer atividade cotidiana com o real digital enquanto — como você bem sabe — não dá para pagar a compra do supermercado com bitcoin, não é mesmo?

Como usar a moeda real digital no dia a dia?

Os usos previstos ainda podem mudar até o seu lançamento em 2024.

O que se sabe até o momento é que a população terá acesso à moeda virtual emitida pelas instituições financeiras, e não uso direto do real digital emitido pelo Banco Central, como acontece em outros países que já testam sua CBDC, como a China.

Essa mudança no Brasil é importante porque busca garantir maior proteção ao usuário caso aconteçam ciberataques ou o banco vá à falência.

Com esses stablecoins emitidos pelo seu banco, você poderá realizar diferentes operações no dia a dia, como fazer transferências, pagamentos e saques. Tudo com mais agilidade em relação aos métodos que já existem hoje.

Além disso, o projeto é que, com sua moeda virtual, você possa acessar os serviços da sua instituição financeira e também aqueles oferecidos por outros participantes da rede de contratos inteligentes do Banco Central.

Para grandes empresas e instituições financeiras que farão uso direto do real digital, as principais mudanças serão a facilidade, agilidade e segurança nas transações.

Leia mais

Quais as projeções para o real digital nos próximos anos?

As previsões do Banco Central é que as versões de teste do real digital estejam prontas ainda este ano. A moeda deve ser lançada ao público somente em 2024, com implementação em fases: primeiro para um grupo restrito e depois liberada para mais pessoas.

Os próximos passos e funcionalidades do real digital irão depender dos resultados desses testes. No entanto, como vimos, o objetivo é facilitar o dia a dia dos brasileiros e dar mais segurança às transações econômicas.

Fato é que o real digital, e as CBDCs, ainda tem muito a avançar no futuro, mas é importante ficar de olho nas novidades para entender como a nova moeda vai impactar a sua vida financeira e o seu cotidiano.

Acompanhe as novidades com a Cresol

Assim como o Pix, carteiras virtuais e pagamentos por aproximação, o real digital é uma inovação do setor financeiro que busca proporcionar ainda mais facilidade e agilidade para as operações que você realiza no dia a dia.

Muitas mudanças podem acontecer até o lançamento da nova moeda para o público. Por isso, siga acompanhando o blog da Cresol para conferir as novidades sobre o mercado financeiro, além de outras informações importantes para o seu dia a dia.


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