É preciso confiança maior para intensificar redução dos juros, diz diretor do BC

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Guillen disse que corroboraram para isso a melhora consistente na dinâmica inflacionária, a manutenção da meta da inflação

STÉFANIE RIGAMONTI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Abry Guillen, afirmou nesta terça-feira (8) que o início do ciclo de corte da taxa básica de juros, a Selic, ocorreu após a autoridade monetária atingir a confiança necessária para a medida.

Guillen disse que corroboraram para isso a melhora consistente na dinâmica inflacionária, a manutenção da meta da inflação, que deu credibilidade para o novo regime metas, com uma reancoragem das expectativas do mercado quanto à meta da inflação, além da queda das taxas de juros futuros.

O diretor do BC afirmou, contudo, que, para intensificar o corte da taxa em um nível maior do que 0,50 ponto percentual do último corte, é preciso confiança ainda maior nos indicadores macroeconômicos.

Guillen citou a persistência em nível elevado da inflação de serviços e dos núcleos da inflação, ou seja, dos itens cujos preços são menos sensíveis à volatilidade do mercado, como motivos para uma manutenção de uma política monetária mais contracionista.

“Temos compromisso com o atingimento da meta [da inflação]”, afirmou Guillen durante a TAG Summit 2023, que reuniu investidores em São Paulo. A meta para 2023 é de 3,25%, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite da meta para este ano é de 4,75%.

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