A Caixa Econômica Federal registrou lucro líquido de R$ 1,9 bilhão no primeiro trimestre de 2023, o que corresponde a uma queda de 23,9%
Lucas Bombana
São Paulo, SP
A Caixa Econômica Federal registrou lucro líquido de R$ 1,9 bilhão no primeiro trimestre de 2023, o que corresponde a uma queda de 23,9% na comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (11).
Em relação ao último trimestre de 2022, houve uma queda de 5,3%.
A carteira de crédito do banco alcançou R$ 1,037 trilhão em março, alta de 16,6% em relação a março de 2022.
Destaque para o aumento nos últimos 12 meses dos saldos das carteiras referentes ao setor imobiliário com recursos SBPE (21,6%); consignado (20,4%) e de agronegócio (125,8%).
O saldo da carteira imobiliária finalizou o trimestre em R$ 659,3 bilhões, crescimento de 14,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. O banco fechou o mês de março com uma participação de mercado de 66,5% em financiamentos imobiliários totais.
No agronegócio, o saldo da carteira atingiu R$ 47,9 bilhões em março, aumento de 125,8% em comparação com o mesmo período de 2022.
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No segmento Pessoa Física (PF), o crescimento, em 12 meses, foi de 204,4%, totalizando R$ 35,9 bilhões. Em Pessoa Jurídica (PJ), o crescimento foi de 27,2% em relação, para R$ 12 bilhões.
A linha de crédito consignado encerrou o trimestre com saldo de R$ 103,2 bilhões, crescimento de 20,4% sobre o mesmo período de 2022.
De janeiro a março, o banco concedeu R$ 127,6 bilhões em crédito, crescimento de 17,2% em 12 meses.
No crédito imobiliário, as contratações somaram R$ 41,4 bilhões no primeiro quarto do ano, 19,6% maior em relação ao primeiro trimestre de 2022 -foram R$ 21,3 bilhões em contratações de crédito imobiliário SBPE, redução de 0,3% na comparação anual; e R$ 20,1 bilhões em contratações de crédito imobiliário FGTS, crescimento de 51,5%.
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Já a taxa de inadimplência do banco público encerrou o trimestre em 2,73%, aumento de 0,4 ponto percentual em 12 meses, resultado influenciado por um cliente específico do segmento de saneamento/infraestrutura. Desconsiderando o impacto desse cliente, o índice seria de 2,38%.
As operações de infraestrutura alcançaram saldo de R$ 97,4 bilhões, crescimento de 5,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
“Pela grande relevância e protagonismo que possuem, e por estarem intrinsecamente ligadas ao desenvolvimento econômico nacional, essas operações estão inseridas no escopo de atuação estratégica da Caixa”, informou o banco.
Segundo a Caixa, a carteira de crédito possui 92% de seu saldo com garantias reais, com grande concentração em operações de longo prazo, principalmente por conta da carteira imobiliária, que corresponde a 63,6% da carteira total.
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