BRICS iniciam cúpula na África do Sul em busca de maior influência global

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A 15ª reunião de cúpula dos BRICS acontece em um momento de divisão no cenário internacional, que aumentou com a invasão russa à Ucrânia

A reunião de cúpula dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) começa nesta terça-feira (22) em Johannesburgo centrada na abertura do bloco de países emergentes a novos membros, assim como em maneiras de ampliar sua influência política e econômica globalmente.

O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, receberá os homólogos da China e Brasil, Xi Jinping e Luiz Inácio Lula da Silva, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, a partir das 12H00 GMT (9H00 de Brasília) para um encontro que prosseguirá até quinta-feira (24).

Lula e Xi foram os primeiros a chegar à capital econômica da África do Sul, enquanto Modi e o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, que representará Moscou, desembarcarão na cidade nesta terça-feira.

O presidente russo, Vladimir Putin, alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) devido à guerra na Ucrânia, participará no encontro por videoconferência.

A 15ª reunião de cúpula dos BRICS acontece em um momento de divisão no cenário internacional, que aumentou com a invasão russa da ex-república soviética.

África do Sul, China e Índia se recusaram a condenar a ofensiva da Rússia. O Brasil se negou a enviar armas à Ucrânia ou a impor sanções a Moscou.

Ramaphosa insistiu no domingo em sua política de não alinhamento e afirmou que a África do Sul “não se deixará arrastar a uma competição entre as potências mundiais”.

Em um artigo publicado na segunda-feira na imprensa sul-africana, o presidente chinês Xi Jinping destacou que os líderes do grupo pretendem insistir para que a comunidade internacional promova “um papel mais importante do mecanismo de cooperação dos BRICS na governança mundial”.

Não alinhados

O bloco, criado em 2009, representa atualmente 23% do PIB mundial, 42% da população e mais de 16% do comércio global.

Apesar da disparidade entre seus membros, os BRICS concordam na reivindicação de um equilíbrio político e econômico mundial mais inclusivo, em particular diante dos Estados Unidos e da União Europeia.

O grupo pretende aumentar sua influência e cogita uma abertura a novos membros.

Ao menos 40 países expressaram o desejo de entrar para o bloco, incluindo Argentina, Irã, Bangladesh e Arábia Saudita, e 23 nações já apresentaram formalmente o pedido de adesão.


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