
Azul e Gol firmam acordo para compartilhamento de seus voos
Em meio a expectativas de uma possível fusão de suas operações, as companhias aéreas Azul e Gol anunciaram ontem um acordo de cooperação comercial que vai conectar as suas malhas aéreas no Brasil por meio de um “codeshare” (compartilhamento de voos). A parceria inclui as rotas domésticas exclusivas, ou seja, operadas por apenas uma das duas empresas.
O acordo envolve também os seus programas de fidelidade, permitindo que membros do Azul Fidelidade e do Smiles acumulem pontos ou milhas no programa de sua escolha ao comprar bilhetes para os trechos incluídos no codeshare.
As conversas sobre a fusão das duas companhias apareceram pouco tempo depois de a Gol entrar em processo de recuperação judicial nos Estados Unidos – em 25 de janeiro a Gol apresentou um pedido de recuperação judicial à Justiça dos Estados Unidos, que foi acatado pelo Tribunal de Falências de Nova York no dia seguinte. Em dezembro de 2023, a empresa acumulava dívidas de R$ 20,17 bilhões.
Uma eventual fusão com a Azul seria baseada em uma troca de ações com a Abra Group, controladora da Gol. Em março, a Azul contratou dois assessores financeiros, o Guggenheim Securities, banco de investimento da Guggenheim Partners, e o Citigroup, para tocarem as negociações.
‘Fã da consolidação’
Questionado sobre a possibilidade de fusão entre as duas companhias no últimos dia 13, durante a apresentação do balanço, o presidente da Azul, John Rodgerson, disse que não poderia entrar em detalhes: “O processo ainda está em andamento”, disse. O executivo acrescentou que, apesar de a Azul estar focada na sua operação atual, “sempre foi fã da consolidação do mercado de aviação”, como forma de melhorar as condições de preço e operacionais.
Em relação a possíveis questionamentos do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre o negócio, Rodgerson afirmou que não seria possível analisar e comentar sobre algo que “ainda não está na mesa”. Na mesma ocasião, ele disse que, se por um lado a Gol e a Latam têm uma sobreposição de quase 100% na malha aérea, a da Azul é de 20%, com operações exclusivas em diferentes Estados.
Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Azul avalia que o acordo vai trazer enormes benefícios para os clientes. “Com a malha altamente conectada da Azul servindo à maioria das cidades no Brasil e a forte presença da Gol nos principais mercados brasileiros, nossas ofertas complementares vão oferecer aos clientes uma ampla opção de viagem”, diz a companhia.
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