Médico de Biden diz que presidente fez somente “check-up anual”, e que Parkinson não foi detectado
O médico do presidente dos EUA Joe Biden tomou uma atitude incomum nesta segunda-feira (8) ao divulgar uma carta com alguns detalhes sobre as visitas do neurologista Kevin Cannard à Casa Branca, após dias de especulação sobre a saúde do presidente, escrevendo que “o presidente Biden não consultou um neurologista fora de seu exame de check-up anual”.
Kevin O’Connor, médico do presidente, citou trechos do último exame físico de Biden em fevereiro. O último relatório de saúde do presidente, divulgado por O’Connor, indicou que ele havia sido examinado para uma série de condições neurológicas, incluindo Parkinson, com resultados negativos, assim como dois outros relatórios físicos da época de Biden como presidente.
“Antes da pandemia, e após seu fim, ele [Biden] realizou consultas de Clínicas de Neurologia regulares na Clínica Médica da Casa Branca em apoio aos milhares de membros da ativa designados para dar suporte às operações da Casa Branca”, escreveu O’Connor, sobre Cannard.
“Muitos militares têm problemas neurológicos relacionados ao seu serviço, e o Dr. Cannard visita regularmente a WHMU [nidade Médica da Casa Branca] como parte desta prática de Neurologia Geral.”
O médico descreveu Cannard como o “especialista neurológico que examinou o presidente Biden em cada um de seus exame de check-up anuais”.
“Suas descobertas foram tornadas públicas cada vez que divulguei os resultados do check-up anualdo presidente”, escreveu O’Connor. “O presidente Biden não viu um neurologista fora de seu check-up anual.”
A carta foi publicada no mesmo dia em que a Casa Branca teve dificuldade para responder a perguntas sobre a saúde neurológica de Biden, depois que o jornal The New York Times noticiou pela primeira vez que Cannard, um especialista em doença de Parkinson, havia visitado a Casa Branca oito vezes nos últimos oito meses, encontrando-se pelo menos uma vez com O’Connor.
Mais cedo na segunda-feira, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, se recusou a confirmar ou explicar o motivo, alegando razões de segurança.